Ao anunciar nesta quarta-feira (8) o reajuste do complemento dado a Estados e municípios para o pagamento da merenda escolar, o presidente Michel Temer disse que em alguns meses vai pleitear novo aumento. “Ele [aumento] é fundamental para aqueles que utilizam a merenda”, afirmou. Este é o primeiro reajuste em sete anos -o último tinha sido em 2010. As informações são da Agência Brasil.
Neste ano, o governo vai liberar, por meio do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), R$ 465 milhões a mais, que beneficiarão 41 milhões de estudantes. O valor possibilitará reajuste de até 20% no valor diário por estudante.
O novo valor será pago a partir de fevereiro. “A merenda escolar forma melhor o ser humano. Alimentado, raciocina melhor e participa ativamente da sociedade”, disse Temer. “Fora a parte da responsabilidade fiscal, não deixamos de lado a responsabilidade social”, acrescentou. Para este ano, o orçamento total para o programa é de R$ 4,15 bilhões, sendo R$ 1,34 bilhão destinado à aquisição de alimentos procedentes da agricultura familiar.
O reajuste foi feito com base na inflação do ano passado e foi inferior ao de 2010, quando os repasses para a merenda aumentaram 37%. Antes de 2010, o programa estava sem reajuste desde 2006. “É uma base de comparação que não procede, uma vez que corresponde a períodos diferentes”, disse o ministro da Educação, Mendonça Filho. Segundo o ministro, o reajuste já estava previsto no Orçamento de 2017, aprovado pelo Congresso Nacional.